Por que o suicídio?

Normalmente as pessoas perguntam o que leva uma pessoa ao extremo, a ponto de cometer o suicídio. Não existe outra resposta a não ser a perda da vontade de viver, mas ainda é um verdadeiro tabu falar abertamente sobre esse tema, assim como falar de morte.

Quais são os fatores e sentimentos que levam uma pessoa a pensar em cometer o suicídio?

Normalmente o comportamento suicida aparece em decorrência de doenças mentais ou psicológicas, por isso é de extrema importância identificar as mudanças comportamentais que uma pessoa passa apresentar. Geralmente a família, os amigos, colegas de trabalho ou outras pessoas próximas podem ajudar nesse momento de extremo sofrimento, auxiliando no processo de diagnóstico. Segundo o psiquiatra Dr. Assunção, pós-graduado em Hebiatria e formado em Ciências da Religião, a depressão é o maior fator de risco para o suicídio. Assim, é necessário combater os fatores que desencadeiam a depressão com a ajuda de profissionais da área saúde.

O desespero profundo, a falta de esperança seja de ordem emocional, social ou médica como a depressão, fazem com que a pessoa enxergue-se em uma situação muito complicada, com dor extrema e sofrimento para os quais não consegue encontrar saída, ou seja falta lhe esperança  na solução daquilo que é enxergado como problema.

Uma das saídas encontradas acaba sendo o isolamento e a partir desse momento a pessoa se vê sem opções, o que pode aumentar a ideia do suicídio que aparece como única opção para se libertar do sofrimento.

As taxas de suicídio  variam de um país para outro, de cultura para cultura. Estima-se que a cada 40 segundos uma pessoa cometa suicídio no mundo, com maior prevalência entre faixa etária de 15 a 35 anos.

Cada suicídio tem impacto em pelo menos outras seis pessoas e reverbera para os campos psicológico, social e  financeiro. O impacto do suicídio em uma família é imensurável.

Não se deve ignorar uma pessoa quando ela diz “eu estou cansada da vida” ou “não há mais razão para viver”, elas geralmente se sentem rejeitadas em seus discursos ou então são obrigadas a ouvir que outras pessoas estiveram em dificuldades piores. Essas atitudes  não ajudam quem sofre com a depressão, é indispensável acolhe-las, oferecer ajuda e principalmente, ouví-los efetivamente.

Fonte: Prevenção de Suicídio: um manual para profissional da saúde em atenção primária  – Organização Mundial da Saúde.