Aprendendo a se estressar na infância

IMG_8379.JPG

Na atualidade é muito comum encontrar crianças sofrendo com elevados níveis de stress, nem sempre valorizado pelos adultos.

E como se formam na infância as fontes de stress, ou seja, os pensamentos, as ideias, as atitudes, a maneira de perceber a si mesmo e ao mundo que o cerca? É na infância que se dá a origem a comportamentos adequados ou não frente a situações do dia-a-dia. Quanto temos um quadro de práticas parentais inadequadas, estas podem acarretar o stress infantil.

E com ocorrem as fontes internas de stress? O stress não surge sozinho, algumas vezes as fontes de stress e os estressores, podem ser eventos que ocorrem na vida da criança e que ultrapassam a sua capacidade de adaptação.

Em outras vezes, não se identificam as fontes internas do stress que podem se referir também à características de personalidade, pensamentos e atitudes das crianças, ante várias situações que ela precisa enfrentar em sua vida.

Assim sendo, o stress pode ser criado por ela própria, de acordo com a sua maneira de perceber o mundo ao seu redor. E como se formam as fontes internas? Os pais de uma forma quase geral alimentam desejos em relação aos filhos, que estes sejam bem-educados, disciplinados, obedientes, ordeiros e que tenha respeito pelos outros. No entanto, as crianças não nascem aptas a agir nas diferentes situações, desse modo cabe aos pais a educação dos filhos. Para educá-los é necessário fazer o que chamamos de “socialização” que nada mais é do que ensinar as crianças a viver bem na sociedade com comportamentos aceitáveis social e culturalmente.

Mas por que é cada vez mais comum as crianças adoecerem? Nossa sociedade está passando por transformações profundas e dolorosas, as crianças estão expostas a tudo. Como ainda não possuem maturidade psicológica para acompanhar o que acontece no dia-a-dia, acabam retendo em si conteúdos bastante ameaçadores como a violência de uma forma geral e separação dos pais em idade precoce.

As instituições, principalmente as escolas, passaram a desenvolver papeis muito importantes no acolhimento das crianças logo nos primeiros meses de vida, contudo estas não substituem o papel da família. Famílias que por sua vez, devido às exigências do mundo moderno, nem sempre conseguem suprir as necessidades afetivas das crianças, e nem sempre a criança consegue assimilar e acomodar de forma tranquila a ausência dos pais nos primeiros anos de vida.

Esta situação pode instalar na criança pensamentos e sentimentos pelas ameaças de perdas, medo do abandono, medo da separação dos pais quando presencia discussões, medo da violência tão presente no dia-a-dia, são inúmeros agentes externos que contribuem para o desenvolvimento do stress na infância.

Daí a importância de buscar ajuda profissional aos primeiros sinais de adoecimento da criança como: crises de choro sem motivo aparente, esquiva para ir à escola, muito calada, muito ansiosa, dor de barriga, vômitos, diarreia entre outros. O acompanhamento por profissional especializado o ajudará a enfrentar as dificuldades e estabilizar o estado emocional da criança.